INTRODUÇÃO

Considerando a complexidade do mudo contemporâneo é aceitável a compreensão de que o arsenal tecnológico à disposição do tratamento em saúde seja cada vez mais sofisticado. Nesse universo, cabe ao Cuidado Intensivo a responsabilidade de usar e saber explicar tais recursos na busca da sobrevida e melhoria da qualidade de vida. Nesse ponto, confere-se como atribuição do Cuidado Intensivo o monitoramento e tratamento intenso, de forma que busque a recuperação do paciente crítico e lhe devolva à sociedade em condições de desenvolver suas funções habituais. Submersa nesse contexto, encontra-se o enfermeiro, responsável pelo monitoramento desses pacientes e co-participante dos resultados terapêuticos. Portanto, diante da necessidade de instituição de métodos/procedimentos terapêuticos à aquisição da estabilidade orgânica, algumas complicações podem surgir. É nesse momento que cabe ao enfermeiro, a compreensão da instalação dessas complicações e a instituição precoce de cuidados que visem minimizá-las, através dos Diagnósticos de Enfermagem (DE).

Terapia Intensiva

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um dos setores mais complexos do hospital, onde reúne os recursos mais adequados ao tratamento de pacientes graves ou de risco, com chances de recuperação, que exigem vigilância contínua (CREMESP, 1995; ORLANDO, 2002).
O atendimento nessas unidades tem como foco os pacientes com comprometimento de suas funções vitais e com chances de recuperação destas, devido a falhas nos sistemas orgânicos, em decorrência de doenças agudas, traumatismos ou intoxicações (ORLANDO, 2002). O perfil da população assistida na UTI está mudando e é cada vez mais comum a internação de idosos, portadores de múltiplas comorbidades e jovens vítimas de lesões traumáticas graves. (SCHETTINO et al., 2006).
Segundo Orlando (2006, p.3-4) a UTI tem várias funções tais como: 
“prevenir o surgimento, ou evitar a progressão, de estados deletérios prejudiciais ao equilíbrio corporal; promover a recuperação completa ou parcial de estados mórbidos que comprometem agudamente a saúde de paciente previamente hígido; restabelecer, temporária e parcialmente, a harmonia orgânica afetada por intercorrências agudas em indivíduos cronicamente doentes; prolongar vidas, desde que a qualidade seja compatível com a dignidade dos seres humanos; zelar pelo bem-estar e conforto dos pacientes terminais, evitando a prática da distanásia. Tais ações direcionam a verdadeira meta do trabalho em Terapia Intensiva, que é reduzir a morbidade e mortalidade, sempre que possível”.

Schettino et al. (2006) descrevem os alicerces do tratamento intensivo, estando estes respaldados na necessidade de sedação, suporte hemodinâmico, respiratório, nutricional e infeccioso. Reforça que o conforto do paciente se estende por todo o tratamento inclusive em fases terminais e doenças incuráveis.
Como já descrito por Schettino et al. (2006), o tratamento intensivo se utiliza da sedação, do suporte hemodinâmico, respiratório, nutricional e infeccioso; ou seja, está basicamente inclinado à manutenção das necessidades fisiológicas. Portanto, se a terapêutica atenda às necessidades fisiológicas afetadas, então também é percebida a necessidade imediata e correlacionada do cuidado de enfermagem às mesmas.




Descrição dos Procedimentos