Estabelecida a VA artificial, o tubo impede o fechamento da glote, assim o paciente torna-se incapaz de usar o mecanismo de depuração normal das VA (mecanismo de tosse efetiva) ocorrendo estase de secreção pulmonar. O mecanismo da tosse se torna ineficaz, pois a glote e as cordas vocais não conseguem se fechar e aprisionar o ar nos pulmões, para que em seguida abram-se subitamente e expulsem o ar aprisionado juntamente com qualquer material estranho que esteja presente nos brônquios ou na traquéia (MORTON et al. 2007; GUYTON; HALL, 1998).
A presença do tubo também aumenta a produção de secreção por ser um corpo estranho e liso em contato contínuo com a mucosa traqueal e oral, favorecendo, assim o aumento da salivação. Neste sentido, associando o fato de que o mecanismo da tosse é afetado, e o tubo aumenta a produção de secreção oral e traqueal, e o mecanismo de aquecimento e umidificação das VA superiores foram desviados do nariz para o interior do tubo plástico, as secreções tendem a ficar mais espessas, o que acarreta em uma situação de impossibilidade de garantir à permanência de uma VA pérvia livre de secreções (MORTON et al. 2007; GUYTON; HALL, 1998).
Diante do apresentado há de se confrontar a definição do diagnóstico de enfermagem (DE) – Desobstrução ineficaz das VA, relacionado à supressão do reflexo de tosse, secundário ao TOT, caracterizado pela incapacidade de remover as secreções das vias aéreas, como um juízo clínico viável e possível de aplicação na prática. Tal DE é confrontado segundo a sua definição: “o estado em que o indivíduo apresenta uma ameaça ao estado respiratório relacionada à incapacidade de tossir de modo eficaz” (CARPENITO-MOYET, 2008, p. 452).Com esse entendimento, a meta para o enfermeiro, nessa situação, será que as VA permaneçam pérvias, objetivando o aumento das trocas de ar pelos pulmões do paciente (CARPENITO-MOYET, 2008). Veja o quadro a seguir:
A presença do tubo também aumenta a produção de secreção por ser um corpo estranho e liso em contato contínuo com a mucosa traqueal e oral, favorecendo, assim o aumento da salivação. Neste sentido, associando o fato de que o mecanismo da tosse é afetado, e o tubo aumenta a produção de secreção oral e traqueal, e o mecanismo de aquecimento e umidificação das VA superiores foram desviados do nariz para o interior do tubo plástico, as secreções tendem a ficar mais espessas, o que acarreta em uma situação de impossibilidade de garantir à permanência de uma VA pérvia livre de secreções (MORTON et al. 2007; GUYTON; HALL, 1998).
Diante do apresentado há de se confrontar a definição do diagnóstico de enfermagem (DE) – Desobstrução ineficaz das VA, relacionado à supressão do reflexo de tosse, secundário ao TOT, caracterizado pela incapacidade de remover as secreções das vias aéreas, como um juízo clínico viável e possível de aplicação na prática. Tal DE é confrontado segundo a sua definição: “o estado em que o indivíduo apresenta uma ameaça ao estado respiratório relacionada à incapacidade de tossir de modo eficaz” (CARPENITO-MOYET, 2008, p. 452).Com esse entendimento, a meta para o enfermeiro, nessa situação, será que as VA permaneçam pérvias, objetivando o aumento das trocas de ar pelos pulmões do paciente (CARPENITO-MOYET, 2008). Veja o quadro a seguir:
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O tubo em contado com a cavidade oral aumenta a salivação, associado a essa, o reflexo da tosse também está deprimido, o que nos permite constatar que há estase oral de saliva, mais a permanência da glote aberta e a pressão do ar do cuff que tende a ser perdido pelo aquecimento do ar (tende a volatizar), aumentam os riscos de broncoaspiração (GUYTON; HALL, 1998; CALIL; PARANHOS, 2007; MORTON et al., 2007).
O reflexo de deglutição está prejudicado por causa do desuso prolongado da musculatura da laringe e da glote e pelo trauma mecânico do tubo endotraqueal (SMELTZER; BARE, 2006; CALIL; PARANHOS, 2007; MORTON et al., 2007).
Nesse sentindo, Guyton; Hall (2002) descrevem esse mecanismo de forma normal: durante a fase faríngea da deglutição, as cordas vocais são aproximadas e a laringe é puxada, para cima e para frente. Simultaneamente, a epiglote permanece sobre a abertura da laringe, obliterando a entrada de qualquer alimento.
Continuando esse mecanismo, o movimento da laringe também provoca abertura sobrepujada do esôfago, facilitando a passagem do alimento por esse conduto. A glote sendo movimentada para cima, pelo movimento da laringe, auxilia na proteção das VA. De forma correlata, há contração da faringe em projeção inferior forçando a onda peristáltica a propelir o alimento para o esôfago (GUYTON; HALL, 2002).
Por isso, quando se tem o uso de um tubo orotraqueal (TOT), é de fundamental importância se aventar a possibilidade real do DE: "Risco de Aspiração, relacionado à depressão dos reflexos da laringe e da glote, secundária a presença tubo endotraqueal". Tal DE é definido como “estado em que o indivíduo apresenta o risco de penetração de secreções, sólidos ou líquidos nas vias traqueobrônquicas”. Através desse conhecimento o enfermeiro terá como meta que paciente não aspire tais secreções e alimentos, então, instituí como meta: “o individuo não apresentará aspiração” (CARPENITO-MOYET, 2008, p. 480). Assim instituirá algumas intervenções. Veja-as no quadro abaixo.
Fluxo demonstrativo da lógica do Diagnóstico de Enfermagem