INTRODUÇÃO

Considerando a complexidade do mudo contemporâneo é aceitável a compreensão de que o arsenal tecnológico à disposição do tratamento em saúde seja cada vez mais sofisticado. Nesse universo, cabe ao Cuidado Intensivo a responsabilidade de usar e saber explicar tais recursos na busca da sobrevida e melhoria da qualidade de vida. Nesse ponto, confere-se como atribuição do Cuidado Intensivo o monitoramento e tratamento intenso, de forma que busque a recuperação do paciente crítico e lhe devolva à sociedade em condições de desenvolver suas funções habituais. Submersa nesse contexto, encontra-se o enfermeiro, responsável pelo monitoramento desses pacientes e co-participante dos resultados terapêuticos. Portanto, diante da necessidade de instituição de métodos/procedimentos terapêuticos à aquisição da estabilidade orgânica, algumas complicações podem surgir. É nesse momento que cabe ao enfermeiro, a compreensão da instalação dessas complicações e a instituição precoce de cuidados que visem minimizá-las, através dos Diagnósticos de Enfermagem (DE).

Dreno de Tórax

Drenos são tubos colocados no interior de uma ferida ou cavidade. O dreno de tórax tem como objetivo remover o ar, líquido ou sangue alojados entre as pleuras; restaurar a pressão negativa no espaço pleural; reexpandir um pulmão colapsado ou parcialmente colapsado e evitar o refluxo da drenagem de volta para o tórax (MORTON et al., 2007; CALIL; PARANHOS, 2007; KNOBEL, 2006b; BORK, 2005).


O dreno torácico é aplicado quando ocorre lesão, cirurgia ou qualquer ruptura na integridade dos pulmões ou da cavidade torácica. Está indicado na presença de hemotórax, pneumotórax, hemopneumotórax, empiema na cavidade pleural, quilotórax e hidrotórax; que são decorrentes de traumas, neoplasias, presença de doença pulmonar, ventilação mecânica e até mesmo falta de vedação do sistema de drenagem (MORTON et al., 2007; KNOBEL 2006b).
Há que se lembrar que tal procedimento não é isento de complicações. A mais grave segundo Morton et al. (2007) e Knobel (2006b) é o pneumotórax hipertensivo decorrente da obstrução no sistema de drenagem. Outras complicações são: hemorragia por lesão de vasos intercostais e sangramento da inserção do dreno, lesão de nervos intercostais, laceração de vísceras como pulmão e fígado. Tais complicações independem da ação ou cuidado de enfermagem, pois todas provêm das condutas médicas.
Dessa forma o enfermeiro deve estar atento para os DE:



Descrição dos Procedimentos